COMMELINACEAE

Dichorisandra oxypetala Hook.

Como citar:

Lucas Moulton; Raquel Negrão. 2017. Dichorisandra oxypetala (COMMELINACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

381,454 Km2

AOO:

24,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Endêmica do estado do Rio de Janeiro, com registros para a Região dos Lagos, município de Búzios (H.G. Dantas 279), Cabo Frio (A. Lobão 230) e São Pedro da Aldeia (C. Farney 4443), e Rio de Janeiro (Aona e Pellegrini 2014; Pellegrini, com. pess.).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2017
Avaliador: Lucas Moulton
Revisor: Raquel Negrão
Critério: B1ab(i,ii,iii,iv)+2ab(i,ii,iii,iv)
Categoria: EN
Justificativa:

Erva endêmica do estado do Rio de Janeiro que habita matas de Restinga ou bordas de matas de encosta na Região dos Lagos (Armação dos Búzios, Cabo Frio e São Pedro da Aldeia) e no município do Rio de Janeiro. Apresenta EOO=333 km², AOO=20 km² e está sujeita a três situações de ameaça. Na Região dos Lagos, a intensa expansão imobiliária propulsionada pelo turismo de veraneio vem eliminando a vegetação de Restinga por meio de loteamentos indiscriminados (Dantas et al., 2001). No Morro do Pão de Açúcar, a prática intensiva de escalada exerce pressão sobre a vegetação (Ribeiro, 2004). Estima-se que tais ameaças possam gerar declínio contínuo da EOO, AOO, qualidade do hábitat e no número de subpopulações da espécie.

Último avistamento: 2004
Quantidade de locations: 3
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Botanical Magazine 54: t. 2721. 1827.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: Descrita como espécie com potencial ornamental por Hooker (1827) em sua Botanical Maganize.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: herb
Fenologia: perenifolia
Longevidade: perennial
Luminosidade: mesophytic
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Restinga
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Densa Submontana, Floresta Ombrófila Aberta Submontana
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane Forest, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Clone: unkown
Rebrotar: yes
Detalhes: Ervas terrestres, eretas, folhas espiraladas, inflorescências terminais, eretas, flores actinomorfas, 6 estames deiscentes por 2 poros apicais (Aona, 2008). Crescem em matas de restinga, de transição ou bordas de matas de encosta (Pellegrini, com. pess.).
Referências:
  1. Aona, L.Y.S. 2008. Revisão taxonômica e análise cladística do gênero Dichorisandra J.C.Mikan (Commelinaceae). Tese de Doutorado. Campinas: Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, 310 p.

Reprodução:

Detalhes: A morfologia de frutos, sementes e arilo de D. oxypetala ainda é desconhecida (Aona, 2008).
Fenologia: flowering (Oct~Mar)
Estratégia: unknown
Sistema sexual: andromonoecious
Sistema: unkown
Referências:
  1. Aona, L.Y.S. 2008. Revisão taxonômica e análise cladística do gênero Dichorisandra J.C.Mikan (Commelinaceae). Tese de Doutorado. Campinas: Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, 310 p.

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat,occurrence past,present regional very high
A intensa expansão imobiliária, propulsionada pelo turismo de veraneio na Região dos Lagos, acarreta em fortes impactos ambientais da vegetação natural da região, diversos loteamentos indiscriminados causam consideráveis danos ambientais, que, além de destruírem a vegetação de Restinga, promovem a contaminação das lagunas costeiras e do lençol freático. Somado a isso, ainda, a ocupação de antigas salinas para empreendimentos imobiliários e a exploração de areia para a construção civil exercem forte pressão em uma região de delicado equilíbrio ecológico (Dantas et al., 2001).
Referências:
  1. Dantas, M.E., Shinzato, E., Medina, A.I.M., Silva, C.R., Pimentel, J., Lumbreras, J.F., Calderano, S.B., Carvalho Filho, A., 2001. Diagnóstico geoambiental do estado do Rio de Janeiro. CPRM, Brasília.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
2 Species stresses 6.1 Recreational activities locality,habitat,occupancy,occurrence past,present local medium
A prática de escalada no Pão de Açúcar, que data de 1817, tomou maiores proporções nas últimas décadas com o aumento do número de vias de escalada, exercendo pressão sobre a vegetação rupícola (Ribeiro et al., 2004).
Referências:
  1. Ribeiro, K.T., Lorenzetto, A., Rodrigues, C.G.O., 2004. Bases para o manejo de escaladas em unidades de conservação, in: Anais Do IV Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação. Trabalhos Técnicos. Fundação O Boticário Para a Proteção À Natureza, Curitiba. pp. 335–345.

Ações de conservação (2):

Uso Proveniência Recurso
13. Pets/display animals, horticulture natural whole plant
Descrita como espécie com potencial ornamental por Hooker (1827) em sua Botanical Maganize.
Referências:
  1. Hooker, W.J. 1827. Botanical Magazine 54: tab. 2721.
Uso Proveniência Recurso
15. Sport hunting/specimen collecting natural whole plant
Descrita como espécie com potencial ornamental por Hooker (1827) em sua Botanical Maganize.
Referências:
  1. Hooker, W.J. 1827. Botanical Magazine 54: tab. 2721.